Era uma vez um Rei...

Ano passado, eu me deleitei com Pacific Rim, uma verdadeira obra prima dos filmes apocalípticos. E mais recentemente, me propus a assistir Godzilla, um dos inúmeros remakes de um clássico do gênero. O fiz por saber que existiam inúmeras semelhanças entre ambos os filmes e estava disposta a descobrir até que ponto a trama dos Kaijus combatidos por Jaegers se assemelhava à história do destruidor Gojira.



Se enquanto em Pacific Rim, os Kaijus, humanos e Jaegers dividem espaço harmoniosamente na trama criada por Guillermo Del Toro, em Godzilla isso não acontece. A obra do diretor Gareth Edwards peca justamente por criar a expectativa de que todos verão o famoso monstro que dá nome ao filme destruindo cidades impiedosamente. Ao invés disso, tudo gira em torno da família formada por Juliette Binoche, Bryan Cranston, Aaron Taylor-Johnson e Elizabeth Olsen, que tenta sobreviver enquanto o mundo é assolado por criaturas que se alimentam de radiação, os M.U.T.O.S.



Não fosse pela insistência do personagem de Ken Watanabe, Godzilla muito certamente teria sido explodido ou pior, relegado a uma simples menção. O grande alicerce da história também está no personagem de Watanabe, um cientista cuja crença na superioridade de Gojira é o que assegura a permanência do monstro como "protagonista". Minha crítica está justamente nessa fraqueza de roteiro, pois a trilha sonora composta por Alexander Desplat e os efeitos visuais do filme são insuperáveis.



Para quem busca um bom entretenimento, Godzilla é uma excelente escolha. Mas para quem busca compará-lo com Pacific Rim, é melhor deixar isso pra lá mesmo...

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